terça-feira, 4 de setembro de 2007

Bunda!

Publicado dia 28/08

BUNDA! Tem saudação melhor para se começar uma semana?! Depois de um fim de semana cult, na 5ª edição do Festival de Literatura do Recife, e muitas compras na feirinha do Bom Jesus, que aderiu às liquidações, nada melhor que começar a semana falando de uma coisa tão essencial para nosso cotidiano: a bunda!
Grande, pequena, larga, estreita, branca, morena, cabeluda ou brotoejada, o fato é que este é um artigo bastante apreciado pela humanidade, há anos. Tanto que a proposta de mudar a frase oficial da bandeira nacional, Ordem e Progresso, para a clássica frase Ordem e Progresso a Bunda faz sucesso, não é à toa! Afinal, a bandeira, com suas cores e símbolos, reflete uma nação.
Símbolo sexual e também amortecedor natural, a bunda, desde sempre, despertou interesse do homem, que nunca perde a oportunidade de contempla-la, seja em que ângulo e forma for.
Além disso, as, moralmente conhecidas, nádegas protegem o nosso furico de qualquer impacto indesejável (e desejável para alguns. Me inclua fora dessa, por favor! No popular, o famoso “dá o cu” ou “tomar no cu”, não faz muito meu estilo. Nada contra os adeptos!).
Musa inspiradora para muitos poetas (e punheteiros, o que resulta a categoria de poeteiros! - Haja psicopatas!), a famosa “pegadinha” pode se tornar um assunto preocupante para as vítimas de estrias e celulites (homens, mulheres e gays, classe mais afetada pelo fenômeno bundeiro). Pois é, nada mais brochante que pegar numa bunda mole, murcha e esburacada. Acho, inclusive, que são necessárias políticas públicas de valorização e defesa da bunda, em virtude de sua importância política, social e cultural. É preciso a implantação de um projeto de lei, ou uma emenda constitucional, ou algum projeto que institua o Vale Bunda e o Bolsa Bunda como política de Estado, não como uma política de Governo! Você troca suas notas fiscais por bundex ou recebe um ajuda de custo do Governo Fedorento (Nunca cheirei a bunda de Lula. Juro!) para a implantação de silicone no traseiro.
A bunda é como a banana (Ôpa! Que combinação hein! - hehehe)! Você pode usá-las de várias formas (use sua criatividade pra você! Não venha com “otimização da criatividade” pra cima de mim. Esta frase é minha!). Além das funções amortecedoras, estéticas e sexuais, descobri uma outra função para a palavra bunda: a de nominação de pessoas.
Quem nunca chamou ou foi chamado de Bundão! (Essa homenagem faço ao meu irmão mais novo! Quanto carinho!). Em contrapartida, eu achei um nome mais interessante e não-pejorativo que resume em uma só palavra sofisticação do objeto em questão (juridicamente falando), eficiência, tesão e afetividade: bundinha!
Consegui otimizar meu potencial criativo e acabei fazendo uma analogia com o nome de um amigo sertanejo, em uma de nossas...longas conversas de monólogos. (Por questões de preservação de identidade e, principalmente, de integridade de seu bem traseiro, até mesmo de nossa amizade, prefiro não citar nomes). O interessante é que a figura não gostou do apelido. Eu faço um elogio incomparável e o pexte não gosta.
Tentei convencê-lo, usando meu charme virtual, de que era uma forma carinhosa, oriunda (juridicamente falando), de um affer entre a gente e comum entre amigos íntimos. Falei até da poesia do meu mentor (segue abaixo), já que bunda é cultura e poesia sempre comove! Mesmo assim, não consegui convencer meu companheiro de tantas aventuras bundeiras.
Meus argumentos foram pro brejo, ou pra caatinga, quando ele me respondeu: “Vovó já dizia: costume de casa vai a praça”. Eita, que pegou profundo! Competir com Vó é covardia! Desamanchei qualquer argumento que estava em mente. Não que eu achasse que a Vó dele estivesse com razão, pois a minha dizia: “Costume de casa é tirar catota e soltar peido na sala!”. E eu complemento: “Quem não tem colírio mete a cara contra o muro”, mas preferi não apelar. Ia ser o maior fight entre avós e isso poderia comprometer nossa amizade.
Prefiro pensar que ele usou esta frase como um instrumento didático de ameaça: ou você pára ou nunca mais voce verá minha bundinha de novo. NUNCA! Seria o fim! Preferi não arriscar. Esta é a última coisa que eu quero. Só mais tarde, ao falar com “Minha Putinha”, é que entendi o porquê dessa reação pedagógica.
À noite, ao chegar na caverninha e com a Papola Alucinógena “cá mulésta dos cachorros!” (Meu fluxo de consciência a solta!), recebo o telefonema insistente da minha amada! Nos vários assuntos que conversamos, ela disse que usou o nome Bundinha sem a minha permissão autoral. Pior foi a tamanha coincidência. A gente não tinha se falado durante o dia. O que confirma que, além de estarmos em sintonia, ela também soube otimizar o seu poder criativo e...PUMBA! Chamou a figura de Bundinha! Agora sim, está explicado a frase educativa de nosso amigo.
Sinceramente, cyberespectador, depois de toda esta explicação sobre o verbete, você se incomodaria de ser chamado de Bundinha? Eis a enquête da semana e o poema pedagógico.


POEMA PEDAGÓGICO

Bunda começa com B
B é bunda desenhada.
Nenhuma parte do corpo
será assim tão letrada.

ABC da tua bunda
gostaria de escrever.
Nela sou analfabeto
mas com vontade de ler.

B é bunda desenhada.
Bunda começa com B.
Eu tenho pincel e lápis:
vamos pintar e escrever.
(MMM)

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