sexta-feira, 12 de setembro de 2008

"...RÁ-TI-BUM!!! Perolex! Perolex! Perolex!”



O Perolex fez aniversário dia 31, geeente (Que soft!) Foi bom estar com vocês, brincar com vocês, deixar rolar solta todas as nossas putarias e é no faz de conta que a gente apronta. Ô GLÓRIA!!! A paródia não tá funcionando muito, mas já deu para entender que o nosso blog tá completando UM ANO DE VIDAAAAAAAAAA!!! Êhêhêhêh!!! “É pica! É pica!...” (Ai, racha... Sai, bicha!) E chama a Supernanny que ninguém agüenta essa Papola no juízo. Vamos criar o cantinho da disciplina!!! E haja cacete!

Eu tenho ao longo desses meses recebido muitas cartinhas de amor, depoimentos e manifestações de carinho (a là “Tu é HOMI, porra!”) que demonstram o quanto que o Perolex tem atendido às necessidades dos ciberespectadores maXus, que se sentem desolados com a quase extinção da espécie e também de alguns homens frustrados que procuram nossos conselhos papolescos para ver se tomam jeito. Não sou Márcia Goldsmith (e só frango e piniquera que precisa daquela baixaria social), mas o nosso papo reto tem dados frutos! (Papo reto? Retíssimo, bein! UAU!). Mas, vocês devem está se perguntando o que ganhei de presente, né? A VIDA! Sei que parece muito auto-ajuda, mas depois do incidente que aconteceu na quinta-feira, dia 28, quase véspera, vocês irão entender.

Neste dia, a empresa onde trabalho recebeu a visita de uma comitiva de africanos que ia conhecer uma das ações sociais que a Companhia desenvolve. Até chegarmos no tal projeto, seguimos um comboio, formado por três vans e duas caminhonetes da polícia federal. Como somos de empresa pública federal, o motorista e o outro funcionário tiveram a brilhante idéia de entrar no bendito comboio. O babado é que a última caminhonete, que fechava a fila de carros, trancou quatro vezes o veículo em que estávamos. Detalhe: a velocidade mínima de um comboio da polícia federal, segundo fontes oficiosas, é de 120 km/h, pelos meus cálculos, nós estávamos a 140km/h... e tome tranco. O carro só aquetou o facho, claro, depois que bateu!

Quando levamos o quarto e último tranco, um motoqueiro apareceu na nossa frente, o que obrigou o motorista a desviar - se não, ele se arrebentaria todo, ainda mais porque havia um caminhão na frente dele - e nesse desvio...UM ABRAÇO! A nossa valia é que a rodovia, naquela fração de segundos, abriu-se numa bifurcação em “Y”. Mesmo assim, era quase impossível aprumar o veículo na pista devido à alta velocidade e aí fomos diretinho no sentido do poste que estava prostrado a nossa frente - “Pronto! Me fudi! Me fudi!” - era a única coisa que, calmamente, Eu pensava. Foi cena de novela, chefe. Quando estávamos a poucos centímetros do poste, senti que o carro subiu num barranco de alguma coisa. “Pronto! Agora, vamos capotar!”. (Que lindo, é cena de filme. Você não é uma pessoa chique?! Digna de Hollywood? Intaum...Mantenha a pose) Porém, quando menos esperava, (“Porém”? - ninguém fala isso!) era lama pra tudo que é lado! Pois é, o tal barranco era de barro e, por sorte, o barro tava mole e atolou o carro. (Ainda bem que o vidro tava fechado. Já pensou Eu toda melada de lama? Toda minha pose de assessora de imprensa poliglota e de cabelo fashion teria ido pro beleleu!).

Engraçado que as pessoas depois ficaram me perguntando se a minha vida tinha passado diante dos meus olhos? (Eita povo besta! Se isso tivesse acontecido, de duas, uma: ou o acidente ia congelar no tempo até que ela terminasse de passar – o que seria suficiente preu destravar a porta do carro, sair do veículo e ainda “trabalhar o gado” cinco vezes, antes de voltar e colocar o cinto – ou, então, minha vida só vale uma rapidinha de alguns milésimos de segundos, porque a única coisa que Eu pensava naquele instante era “Me fudi! Me fudi! Me fudi!”

A parte engraçada (e isso é possível se tratando de minha pessoa) é que os três ficaram por quase três minutos em silêncio dentro do carro atolado. Depois que constataram que todos estavam bem, o motorista e o outro funcionário começaram a xingar a mãe dos policiais. - “Alguém me arranja um maracujina presse povo! NÚ, ainda bem que aqui tem um maXu pra manter a situação sob controle” - gritei em pensamento. Às vezes fico impressionada com minha tranqüilidade em situações como essa. Eh, sou maXu! Tá explicado. A gente só se ligou em sair do carro quando as pessoas começaram, com cada butuca de olho, a se aproximar lentamente do local do acidente (AAAhhh, pra mim, era gravação de MIB. Mais parecia que aliens iam sair do carro ao invés de pessoas). Apesar da sensação de ter passado horas, tudo isso aconteceu em, aproximadamente, 6 min (Viva a teoria da relatividade!).

O pior sempre vem depois. O tal funcionário espalhou pra todo mundo que Eu tinha gritado e estava “tremendo mais que vara verde!”. VARA VERDE É O TEU PASSADO, Ô INFELIZ! Mas tem problema não, todo mundo sabe da reputação de bundão que ele tem. Tem certas coisas que nem mastercard resolve, companheiro. Deixar de ser bundão é uma delas. O incidente serviu pelo menos para aprender duas lições: nunca ande sem cinto, pra não virar protagonista de uma novela, e nunca ande de vidro aberto, você pode tomar um banho de lama e acabar com sua chapinha. Eh, isso deve ter sido o inferno astral do aniversário do Perolex!

PS: Não esqueça do meu presente! Quem vier com papel de carta, mesmo da cartigem, Eu mando enfiar! Quem enviar presentes ou cartõesinhos on line, Eu juro que respondo com um puta vírus que aprendi no “Penetration” - curso para harckers. Quem for liso e vier com cinquenta centavos ou um big-big, eu vou mostrar o meu lado Magaiver e juro que faço uma bomba explodir quando você abrir a carta de promoções de um cartão de crédito que você não solicitou. Então, cria vergonha na cara, ô, e me dá um presente decente que lembrancinha é coisa de pobre.


ANO DE ELEIÇÃO

Diga NÃO aos terrorritas da politica. Vote em Bin Laden 666! Uma explosão de cidadania. BUUUMMM!

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

A volta da Papola


Após um loooongo e estressante período de férias, finalmente, Papola resolveu voltar do recesso. Nunca imaginei que minha vida ficaria tão bagunçada sem ela. Quem conseguiu me acompanhar nesses últimos dois meses, constatou a tremenda agonia que vivi. Eh, definitivamente, me acostumei a ter uma dose papolesca alucinando minha mente todos os dias. E assim seguiram os dias sem ela: trabalho, trabalho, faculdade, curso de inglês, amigos, férias, família, mais trabalho, estresse, pai, frustração, mãe, estresse, irmão, "PELAMORDEDEUS!", agregados, sobrinhos, trabalho de novo, cabelo, roupas, dívidas, amigos, frescurite aguda, cachaça, ansiedade, hospital, dinheiro, festa, dor, intercâmbio, entrevista, EUA, mais ansiedade, mais amigos, um pouco de serotonina, emprego, namoro, "AIAIAI", aperreio, Eu já falei ansiedade? Enfim, VIDA!

Mas querem saber como descobri a volta da Papola? Na primeira segunda-feira de agosto, recebo um telefonema do pessoal do intercâmbio dizendo que Eu deveria estar às 17h30 na agência para fazer um teste oral (OPS! Não é nada disso que vocês estão insinuando nessas mentes pornográficas). Como sou uma pessoa trabalhadera, perguntei se poderíamos marcar para o dia seguinte, uma hora mais tarde, por causa do meu estágio. Tanto não poderia, como tinha 15 min para sair e poder chegar a tempo no terminal do ônibus para pegar o próximo que ia sair. E lá fui Eu, quase correndo no meio da rua.

De tão ansiosa que tava, fui logo a primeira a entrar no ônibus e sentei no velho fundão. Depois que sentei, passados alguns minutos, comecei a sentir um cheirinho meio azedo. Como era um cheiro estranho, funguei com mais força e constatei que o cheiro era de C...CA...CA-SSACO CASSACO! PUTA QUE PARIU! Mais Eu já tenho sorte, viu?! (Dá uma sacada nesse texto que você vai entender o porquê: http://perolex.blogspot.com/2008/02/o-buso.html)

Geralmente, os ônibus que saem dos terminais, fora do horário de pico, vão com duas ou três pessoas. Então, não seria muito difícil achar o responsável pelo odor. A merda é que Eu era a única pessoa perto de mim mesma e por isso comecei a ficar noiada, achando que Eu é quem tava fedendo. Como o ônibus estava quase vazio e a cobradora fica lááááá na frente (bendito seja o dia em que mudaram as catracas de posição), fui fazendo os malabarismos para saber se meu suvaco tava vencido. Primeiro, fingi que estava olhando para a janela e, como quem não quer nada, passei a mão nos cabelos. Assim, você tem a desculpa para levantar os braços e baixar a cabeça, como quem estivesse ajeitando a parte de trás do cabelo. É nesse momento que você vira a cabeça pro seu suvaco e dá a fuuuungada. O pior é que Eu repeti a proeza umas três vezes e o único cheiro que sentia era do meu desodorante teen de tutti-frutti, super hiper baby. Mas isso parecia não ser suficiente e continuei noiada. Se só havia três pessoas no busú (mais o cobrador e o motorista) não seria muito difícil achar o responsável pela tentativa de homicídio culposo por vias olfativos.
Tudo se resolveu, porém, quando olhei pro velho que estava sentado no meio do busão. Sei que é preconceito, mas pelo jeito de cachaceiro cassaquento (essa eu inventei agora. Deriva de “cassaco”. Tem palavra mais expressiva para designar um ser que fede e parece sujo?) Enfim, era do suvaco dele que vinha a catinga. “DEUS É PAI! DEUS É PAI!” – pensei, muuuito feliz. UUUFAAA!!! Relaxei! Nunca fiquei tão feliz em fazer uma viagem sentido a catinga de suvaco do povo cafuçú! Eh, mas Papola caprichou no seu retorno! O babado continuou na hora de descer.

Você já reparou que olhar pela janela do ônibus deixa você hipnotizado e mergulhado nos seus pensamentos mais que profundos? Eu já tava muito doida (acho que foi a catinga que me deixou drogada) e tinha esquecido de tudo, até a hora que me levantei para descer. Demente que só Eu, atinei para o que tava acontecendo quando vi o senhor que estava sentado à minha frente catucando o nariz por causa da catinga. Aí a nóia voltou e “de cum força”. Todos os outros três passageiros que também iam descer, contorciam o nariz, fazendo caretas por causa do mal cheiro. De pronto Eu baixei os braços e fiquei lá amuada. Meu Deus será que Eu tô fedendo ou tô doida porquê não tô sentindo. É a situação mais constrangedora que se pode viver. Pior até que uma buceta flatulenta.

Desci do busú, baixei a cabeça e quase fui correndo pra agência. O mais revoltante é que o único cheiro que Eu sentia era do meu desodorante teen, que nunca me abandonou. Será que existe ilusão olfativa? O próximo desafio era passar pela recepção do edifício empresarial, onde fica a agência. Quando entrei na recepção, que é climatizada, o cheiro de cassaco no ar. AIMEUDEUS! AIMEUDEUS! AIMEUDEUS! AIMEUDEUS! AIMEUDEUS! AIMEUDEUS! AIMEUDEUS! Vou fica looocaaa! Sou Eu! Sou Eu! Sou Eu! Sou Eu! Buáaáááááá! Depois veio o elevador e Eu lá, parecia que tinham colado super bonner nos braços. Subi frustrada. “Serei o comentário da agência, mas não dá pra ligar cancelando. E o que vou dizer – Oi, é que eu tive uns contratempos psicológicos de complexos axilares e não poderei ir!”. Não dava. O único jeito era IR! Como sou brasileira e a esperança é a única coisa que sustenta, assim que cheguei na agência, nem dei boa noite, corri pro banheiro. Tirei colar, blusa, sutiã, o escambau! Cheirei o suvaco. E...NADA! Funguei com todas as minhas forças a manga da blusa e...NADA! Sai cheirando tudo o que você puder imaginar. NADA! Só não fui nos pentelhos porque não sou contorcionista e nem a mulé cobra. Bem, pelo menos pude constatar que Eu sou uma pessoa estudante, pobre, mas limpinha.

Só faltava passar pelo teste final, meu Pai. Depois que fiz o teste oral na agência (êpa! Olha lá!), o véio passou para me pegar. Quando entrei no carro...NADA! Se ele não disse nada é porque nada tinha a não ser a nóia fila de uma puta na minha cabeça. Ô passageiro, cassaquento, velho miserávi. Vai tomar banho desgraça! Acabou com meu juízo. Não sei o que é pior: está fedendo, mas está tranqüilo; ou está cheiroso, mas se descabelando com a nóia. Nãããooo, definitivamente, fico com a segunda opção! Viva a Papola!

CURIOSIDADE

SUVACO é um palavra de origem cafuçú que é o mesmo que axilas, que são comumente conhecidas por sOvaco. Mas, convenhamos, com o U é mais melhor, né?