quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Feliz Natal: Hola! Hola! Hola!


Primeiramente, gostaria de esclarecer aos meus ciberespectadores que, por motivos de força maior, tive que colocar Papola na geladeira (Ah! Sou quase um artista global). Mesmo com a greve de fome das últimas semanas, a minha democracia prevaleceu e consegui manter a miserávi presa. Só assim, pude dar andamento ao meu projeto de integração das bacias: a minha, a da cadeira do escritório e a do banheiro. O que mais fiz nesses dias foi METERRRRRRRR...a cabeça na parede para não perder o juízo que ainda me resta. Para os camaradas que me acompanharam, virtualmente, nessa fase laboriosa da minha vida quase profissional, minhas saudações papolescas e UM BEIJO da MAGA, “UOW!”.

Quando a minha vida se resumia a casa-escola-cinema-televisão (há quase dez anos atrás. Tô ficando véia!) lembro de uma apresentação encenada pelos amigos da escola, exatamente, nesta época do ano. O Papai Noel, que era a mamãe Suelem, cometeu a infelicidade de abrasileirar o natal e, assim, o cumprimento tradicional do bom velhinho se transformou no “Hola! Hola! Hola!” da boa e nova mamãe Noel. Bom, esclarecido o título da conversa de hoje, vamos ao que interessa: o NATAL.

Depois da tentativa sublime de perder o meu estágio, na última sexta-feira, ao dar ao meu ilustre e digníssimo chefe um cocô de plástico e duas mangas acompanhadas da frase “Xupa essa manga!” de presente de amigo secreto - observem que o “X” tem um efeito visual muito mais impactante que o CH (isso é para mostrar que você é uma menina inteligente, cult de colar de sementes que criou a chupada com X? Como diz um amigo meu: “Dô o maior valor!”), voltei a ponte viária Janga - BV Beach (BV que, longe de Boca Virgem, lembra mais a típica frase das almas sebosas que perambulam pelo bairro maldito: “Borá Véi passa a carteira, passa o celular...”). O melhor da confraternização, quando se é estagiário e não se paga a conta, é que você pode detonar no pedido. Então, não poderia deixar de fazer uma menção honrosa a dois camaradas que, regados a muita boemia, me fizeram sentir, só naquele momento, o meu esforço e a minha resistência às chibatadas diárias reconhecidas.

É incrível como nessa época do ano, as pessoas se tornam mais hipócritas que o normal. Gente que você passou o ano todo sem ver, ou se quer falou por telefone, te liga querendo marcar um encontro para te dar um cartão de natal, que, provavelmente, foi da coleção “dez por um real” do centro do Recife.

Melhor são os amigos que te dão um presente já dizendo o que gostariam de ganhar de você. Pois é, isso aconteceu comigo. Ganhei de uma grande amiga e ex-namorada (ela me trocou por um dos meus melhores amigos. Fura olho!) lindas argolas e dois brinquinhos para o segundo furo da orelha direita (que é só um!). No entanto, no dia anterior, ela havia dito que adoraria que Eu lhe desse de presente um CD de “não sei quem” que Eu não lembro mais. Mar minino! Tá me achando com cara de “teu maxU” porra?! Isso já não te pertence maaaiiisss!!! Arrudêa! Pra você me conquistar “Ah! Vai ter que rebolar, rebolar, rebolar!”, já dizia os filósofos Sandy and Junior. Eu lá tenho cara de Papai Noel, córoi?

Primeiro: sou magro. Segundo: não tenho barba. Terceiro e o principal: odeio pegar no saco. Então minha filha, pega a senha que você está lidando com um homem que não se rende às datas capitalistas e que, além disso, é lisooo!!! Você é gostosinha, mas é ordinária. Se toque! Claro que não disse isso tudo a ela, até porque me deu um presente e, principalmente, porque ela é uma daquelas figuras que a gente sempre recorre à lista telefônica, quando o medo de claustrofobia em casa bate.

Brincadeiras a parte e cartões de créditos também, que é essencial para a vida do homem em sociedade, o natal é o momento mais butterfly do ano, em que, geralmente, somos obrigados, mesmo contra a PÓpria vontade a fazer uma avaliação do que foi o ano que passou e do que conquistamos, a fim de traçar a meta do fumo que vem.

O campo sentimental, no entanto, é sempre o mais frustrante de ser avaliado, ou porque muitos relacionamentos acabaram, ou porque houveram muitas desilusões. Para quem teve um ano de furança plena e de relacionamentos instigantes, parabéns! Mas não vá contando vantagem. Provavelmente, não é porque você é gostoso, nem inteligente e, muito menos, bonito. Você, apenas, teve muuuita sorte e contou com a ajuda de Santo Antônio. Então, fique atento porque o próximo período letivo pode ser só de roedeira. Usa cueca vermelha, não, no romper do ano. Vai ficar na mão!

Então, se você ainda não agarrou aquela gatinha que azarou o ano todo, tá esperando o quê? Aproveite o natal e... PIMBA! Esta é a época em que as pessoas estão, supostamente, mais sensíveis e caridosas, distribuindo bom dias e beijinhos. Lembre-se que o natal é só um preparativo para a contagem regressiva, que é o momento CRÉU! das festividades de final de ano. E o melhor, depois que se rompe o ano mÔ véi. CABOU-SE! Ninguém quer saber dos minutos passados. Ano novo, vida nova, bucetinhas novas. Lóóógico. Porque esse negócio de que panela velha é que faz comida boa é coisa pra Mané. Quem gosta de panela velha é sucata. Então, deixa de tarar folder de loja de langerie e vai paquerar uma gatinha. Mas, pelamordedeus, não use frases do tipo “Você é o presente que Papai Noel me deu este natal”, ou “É natal, tá afim de fazer uma caridade não? Olhe que é pecado”. Pecado é tua mãe ter te posto no mundo “infeliz das costa oca”! Não pense que papai Noel vai resolver teu problema de contagem regressiva. Se Eu fosse você (e graças a Deus não sou) não gostaria de olhar o saco dele e muito menos de escolher o presente.

Para finalizar a conversa de hoje, não poderia deixar de relatar o meu natal. Depois de ter feito um tour pelo bairro de Boa Viagem e Piedade inteiro a procura de um lugar legar para ceiar com o meu velho, finalmente, achamos um estabelecimento aberto que oferecia frutos do mar. Esse era só o começo da saga natalina.

Combinei com a galera para irmos à praia, enquanto que ela ainda não estava toda mijada e cheia de flor boiando, fato que acontece na passagem do dia 31 para o dia 01. Pois bem, estava Eu, mais duas amigas e um amigo conversando merda (Pra não perder o costume). Eu com minha cor lesma reluzente, me escondia, desesperadamente, em baixo do guarda sol, atolando protetor solar na pele para não enchê-la de sarda. Meus companheiros estavam feito galeto na brasa, embaixo do sol escaldante (Acho que foi a inspiração do peru de natal. Hehehe).

Enquanto o mar avançava, recuávamos na areia e foi, aí, que percebi um psicopata ao lado de nosso guarda sol. Era doido! Falava sozinho e gritava umas coisas incompreensíveis. Segundo meu amigo Zé, ele usava um colar de não sei quem da umbanda. Nada contra a umbanda, mas Eu tenho medo (num vô mentir).

Afim de confraternizar com meus amigos um dia tão...especial como o natal, decidi tomar um café com eles, à noite. Fomos, então, à praça de Casa Forte e encontramos o ambiente do MANGUITOS. (Registrem esse nome MAN-GUI-TOS). O fumo estava só começando.

Doida por cafeína, pedi logo um capuccino e fiquei no aguardo, vendo os outros bebendo água de coco e comendo sanduíche. Meia hora depois...nada do café. Ainda paciente, chamo o garçom e pergunto o porquê da demora. Cinco minutos depois, ele trouxe a xícara. Quase cai dura no chão, quando olhei o café. Sem espuma e cor de café, parecia que tinham aberto uma caixinha de Todynho e colocado na xícara. Se não fosse o gosto de água com chocolate, poderia ter acreditado nesta hipótese. Logicamente, reclamei ao garçom, que levou de volta o “enrola cliente”.

Quinze minutos depois, ele traz o messsmo café, mas com um detalhe: canela. Tiveram a audácia de colocar canela em pó em cima daquela desgraça de água com chocolate, que insistiam em chamar de capuccino. AAAAAAAAHHHHHHHHHH!!!!! DESAFORADO! O garçom tinha tanta consciência da merda, que ficou esperando Eu provar o café para poder recolher novamente a xícara – “Está do mesmo jeito, só que colocaram canela”, Eu disse olhando para ele. A resposta veio com a cara mais lisa: “Está do mesmo jeito, né?”. HENERGUMENO! Se tu sabia disso, porque diabos trouxesse essa porcaria de novo? POTA-QUE-PARIU! Nem um café decente mais pode-se tomar nessa cidade. Pedido cancelado. Para completar a noite no MANGUITOS, a conta veio sem os dois café, mas, acho que para compensar, colocaram uma long neck. Volta a conta. Ninguém pediu cerveja. Já tava a mil, afim de esmurrar gente. O atendimento estava tão ruim que tivemos que ir até o caixa.

Na saída, começou a chover e Eu decidir fazer café em casa mermo. Chamei a galera pra lá e coei o líquido precioso que ficou...fraco! Aff! As coisas quando não têm que dá certo, não dão mermo. Vai-te fÚ! Coei o café de novo e, finalmente, acertei. Eh, companheiros, assim como certas coisas é melhor você fazer, há outras que é melhor fazer em casa, com certeza é bom e dá certo. Então, espero que o natal de vocês tenha sido feliz e...UM BEIJO da MAGA, UOW!

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

A saga de uma jornalista em formação


Todo profissional normal, já foi um dia estagiário. No jornalismo, passar de estagiário para jornalista é o mesmo que melhorar o status quo, mesmo que no bolso não mude muita coisa.
Os recém saídos da classe subproletariada que usam boininha e colar de sementes adoram nos pegar para Judas. Os dinossauros então...nem se fala. A vaidade do jornalista é como a bomba de Hiroshima: se você não a lançou, com certeza, foi atingida por ela e guarda algumas seqüelas.
Os profissionais se acham filho de Zeus, mas são quase tão mazelados quanto a gente. A diferença é que temos que obedecer, trabalhar muito e ganhar ainda menos. Sem contar, claro, os inúmeros constrangimentos que passamos por causa da inexperiência – “Ninguém tem paciência comigo!”. Não pensem que entrar na faculdade vai livrá-los desses micos básicos. Como Eu disse, é bááásico e a graduação é só o começo da peregrinação.
Depois das cadeiras teóricas, chegam as disciplinas práticas: jornalismo impresso, redação jornalística, técnica de entrevista e reportagem, rádio e TV, fotojornalismo, etc. O mais interessantes são as pautas. Muitos professores passam um dead line (tempo limite) de dois dias apenas para a entrega das matérias. O estudante de jornalismo LISO, se não for desenrolado mô véi, não conclui o curso. É máquina fotográfica, MP3, contas de telefone, além de computador com internet que tenha programas de edição do caráleo a quatro e, o mais importante, impressora com cartucho de tinta power, porque são muitos os textos impressos diariamente.
Esta semana passada foi a loucura de fim de período na faculdade e como não poderia ser diferente, ainda mais se tratando de mim, os micos básicos foram inevitáveis. Tô até agora metendo a cabeça na parede para vê se o juízo volta pro lugar. Eu tinha uma reportagem fria, uma gravação de rádio e um seminário, que apresentei sozinha, para fazer, além da reportagem de Petrolina para desenvolver. Vamos aos acontecimentos.
Fiquei muito contente quando um professor me disse que a matéria sobre crédito para estudantes universitários era a minha cara. Nossa, me senti lisonjeada – “Devo ser, realmente, competente”, pensei. A bronca foi conseguir as informações. Passei três tardes correndo atrás de bancos, gerentes de lojas e CDL. NINGUÉM QUIS ME ATENDER! (é quase uma Julia Roberts em uma linda mulher!) Buáaááá! Primeiro, passei no Banco Real (Agora posso dá nomes aos bois – hehehe). Muito educadamente e com um bloquinho nas mãos, falei com a recepcionista que me lançava olhares de “Te recolhe, come lixo!”. Em resposta, ela disse, bruxalmente - “A gerente disse que você precisará trazer uma autorização da faculdade para encaminharmos a assessoria de imprensa em São Paulo”. Tudo bem que autorização é praxe, mas encaminhar pra São Paulo? Eu tinha que entregar o trabalho na quinta.
Desisti, obviamente, do Banco Real. Corri para Caixa Econômica. O gerente até me recebeu. Vixe, me senti tão importante. Afinal, não estava ali pra negociar nenhuma dívida. Não demorou muito, ele disse que não poderia dá informações, mas, pelo menos, me deu o contato da assessoria que fica aqui em Recife. A assessora foi tão legal. Gente boa mesmo! Disse que ajudaria, perguntou pra quando era meu trabalho e que retornava a ligação. Passei todas as questões que precisava por e-mail. DOCE ILUSÃO! O máximo que ela fez foi me responder ao e-mail, depois d’eu ter enchido o saco dela, explicando quais os produtos e pra que servem. Ou seja: nothig!
Os gerentes das lojas que passei demoram 350 bilhões de horas no almoço. Passei a tarde ligando presse povo e...nothig again! Só a Riachuelo concedeu a entrevista, mesmo que pedindo sigilo do nome da empresa (que agora Eu to revelando - Hehehe). A CDL disse que me daria os dados do SPC. Admito que fiquei contente. Finalmente, alguém que valorize o trabalho tão nobre do estudante. PURO SONHO! Não me retornaram e, no dia seguinte, a telefonista teve a crueldade de dizer - “Olhe minha filha, hoje e amanhã você não vai encontrar ninguém aqui. Tá todo mundo assistindo às palestras e participando de eventos” e “Bah!”, desligou o telefone. Fiiiiiilha da puta! Como assim, Bial, ligar na segunda?!?! Fiquei indignada. E agora? E agora? Não tive outra alternativa, senão comer queijo manteiga junto com um amigo, assistindo um episódio de Anos Incríveis no tempinho que me restava antes da faculdade. Para concluir, o professor foi compreensível e disse pr’eu entregar a matéria com as informações que dispunha.
Paralelo a toda essa agonia, ainda tinha uma sonora sobre economia doméstica pra entregar na quarta. Detalhe: não tenho MP3. Como sou uma menina soft, desenrolei com meu produtor o tal objeto quase fálico. Então, feliz e contente, fui para a academia, onde havia combinado com o meu entrevistado. Alguma coisa iria acontecer na perfeita normalidade. A pauta era sobre reutilização de alimentos.
Depois de uma hora de chá de cadeira, enfim ele chegou e ainda teve a audácia de dizer – “Eita, eu esquecei, completamente, de você”. FRESCO! Como assim que Eu liguei ontem pra tu desgraça?! E o pior foi o que ele disse em seguida – “Você deveria ter ligado para mim”. Para não sair com cara de tapada, criei coragem de abrir a boca - “Ô, seu fanfarrão, esqueceu de mim é? Foi? Então, mooorra! Tá pensando que é quem? Seu professorzinho de merda. Enfia a coroa do abacaxi, viado! É o Bope porra!”. Infelizmente, tive que engolir este sapo. Entretanto, linda e loiramente com cabelos ainda cacheados, disse - “Não queria ser inconveniente, já que a recepcionista falou que você ontem se atrasou pra chegar por causa do trânsito”. Achando Eu que tinha encerrado o assunto, ele continuou - “Mas Eu estava em casa sem fazer nada, se você tivesse ligado não teria esperado”. AAAAAAAA!!! Pra não mandar ele catar coquinho na praia e como sou uma profissional em formação muito elegante e tolerante, perguntei logo onde poderíamos fazer a entrevista.
Ao entrar na sala, comecei a conversar sobre o assunto para ir preparando-o para a gravação. Foi então que ele disse – “Eu não sei falar sobre isso não”. PUTA-QUE-PARIU! Depois de tudo, o miserávi não sabia picas do assunto - “O produtor não falou com você, não?”, perguntei. E com um sorriso de menino bóchudo, ele respondeu - “É que eu vi isso, há muito tempo na faculdade. Quando é que você tem que entregar isso?”. Ahhhh!!! A minha vingança estava, apenas, começando - “Daqui a duas horas?”, respondi. Como sou ainda loira e estava com o óculos ISS (inteligente, séria e sensual) inventei uma pauta na hora - “Tu faz o quê bói? Bora porra! Vai ter que falar. De quem é a culpa? Responde! De quem é a culpa? Vai ter que me dá a matéria! Vai ter que me dá a matéria!”. Ai que vontade de plantar a mão. Menino criado por vó!
Decidi que ele falaria sobre dicas de verão, já que era professor de educação física e nutricionista. E a vingança prosseguiu. Foram três tentativas de gravação. A porra do MP3, que não era meu, tava com algum problema. Já tinha até decorado as respostas dele. Na segunda tentativa, ele disse - “Não seria melhor gravar no estúdio não?” Não fera. Tá pensando o quê? Me fez esperar uma hora, teve a audácia de esquecer de mim e ainda por cima me fez inventar uma pauta. Não papai, vai ter que gravar de novo! Você é bunitinho, mas raciocina muito lento. E assim foi, na terceira vez o MP3, finalmente, gravou e sai correndo pra faculdade.
Depois de ter que trocar de computador para poder gravar para CD, consegui entregar a professora no tempo determinado. Detalhe: a sonora ia pr’um programa de uma rádio comunitária em Igarassu organizado pela turma. O rapaz do studio não cortou o começo da gravação e ela foi ao ar com o “Será que tá gravando? Acho que sim. Vamos lá. Estamos aqui com o professor...”. Vou encarar como uma homenagem ao momento.
Acho que essa semana emagreci uns quilos e, assim, consegui manter a forma física Perolex de ser. Viram? O estagiário rala, emagrece, é humilhado, marginalizado da sociedade e não ganha nem uma bitoquinha. Eu vou é deixar essa vida de canetinha e entrar no mundo da fotografia: é style e Eu ainda fico com cara de gostosa. E pra entrar no clima...ontem, dei logo uma chapinha!
Informa a TODOS:
- URGENTE: a Oi abriu processod e seleção para trainne e estagiário. É só acessar o site e clicar em Trabalhe na Oi, logo na página principal e depois...te vira. É até HOJE!!!
- A microsoft também abriu proceso seletivo de estágio, vai até o dia 31/12. É só enviar email para estagioms@live.com. Qualquer duvida acessae: estagiosms.spaces.live.com
- Mostra de filme sobre a america do sul na Fundaj.