terça-feira, 4 de setembro de 2007

O que faz a dor de um pé-na-bunda!

Publicado dia 29/08

MUDANÇAS! É isso que sempre acontece a cada dia que passa. (As vezes, fico impressionada com as minhas frases de efeito, são tão...filosóficas!) Das mínimas e imperceptíveis até as mais dolorosas, elas estão acontecendo a cada minuto. Nada é como ontem. (Não diga?!) Um móvel, uma flor, o lado do ônibus que a gente senta, o pé que se dá o primeiro passo do dia, o lado que dorme e por aí vai.
Também há aquelas que parecem que nunca irão parar. Alguns sofrem, outros choram, uns só sentem a dor. A dor da mudança que ecoa na nossa mente, que a gente sente no coração, que não se conforma e que é concreta na rotina de mais um dia. (Vamo pára com esse sentimentalismo. Que coisa mais cafona! Seremos mais racionais!).
Quando a gente é adolescente, depois de levar um fora daquela gatinha, sempre tem um babaca que diz que tudo na vida têm dois lados: um bom e outro ruim, e que devemos sempre ver o lado positivo das coisas. (É porque não foi ele quem levou o réla!) Sei que parece meio jegue (para os leigos: jegue = cafona), mas, ele pode ter razão.
O sofá, em outra posição, pode trazer uma visão melhor da televisão (e facilitar a alienação das nossas criancinhas também!); um lado do ônibus sempre recebe mais a luz torrante do sol que o outro (o que enche sua cara de sarda!); o pé esquerdo te dará mais sustentação que os calos do pé direito (desde quando acordar com pé esquerdo é sinal de bom dia?!); o outro lado da cama pode melhorar a dor de coluna (e aumentar a torcicolo). O problema maior é quando a dor vem do coração. (Lá vem a novela mexicana!).
Pra quem dá uma de Márcia Goldsmith, é fácil dizer “Toma um laxante porque, quando cagar, passa!” (hehehehe! Essa frase é minha. Quanta autenticidade, NÃO É??!!). Pior é quando aquele mesmo babaca diz: “Ele não te merecia”, “Ela era uma vagabunda”, “Ele era um prostituto!” ou “Deus escreve certo por linhas tortas!”. É o mesmo que dizer: “Vai, desgraça, morre logo! Te suicida!”. Fraseszinhas de efeito é a última coisa que queremos ouvir depois de um bé-na-bunda.
Vá se ferrar! E Eu quero lá saber que Deus tem problemas de coordenação motora e que sofre de astigmatismo??!! Me poupe! (Xiii!! Lá vem o drama!) Tinha que ser o que? Ficar de ressaca e ter que TOMAR TODAS...as xícaras de leite quente ouvindo “I will survive!”? (Pra mim, você é quase uma Bridget Jones!) Dormir só, com medo de fantasmas que não existem, mas que acabam sendo muito reais? (Aff Maria! Te benze, criatura!) Tinha que ser o que? Nem uma tapinha mais? Ôuxiiiiii!!! (Aí é fuleragem! Pegou pesado!!!).
Queridos e desesperados amigos, infelizmente, você se tornar adulto não explica porque você tem pitoca e sua namorada pipiu. Só mostra o que fazer com eles. (o que já tá de bom tamanho - hehehehe) Queremos acreditar que sabemos o porquê e nos convencer que somos fortes, mas ao se emocionar vendo um cachorrinho cheirando o outro é que você percebe a fossa em que está metido. Saiba diagnosticar quando você está curado.
Depois do laxante fazer efeito e de muitas cólicas: haja merda! Quando, em fim, você parece bem novamente! Feliz! Livre! Super, hiper, butterfly, a filha da puta, como uma fênix, ressuscita! Mais linda e mais gostosa que antes. Com aquele decote que você adora, com a franja escovada de lado, aquele perfume e um oleozinho de galinha brilhando nos lábios. E os homens? Com seus 1,80m (menor que isso, não é homem, só um projeto!), colocam aquela camisa (que pode ser qualquer uma), a calça “eu tenho bunda!” e a barba lixa-parede que deixa qualquer mulé e qualquer gay sem fôlego!
Pois bem...Homem ou mulher, a verdade é que eles surgem do nada naquele café que você costuma ir todos os dias à tarde! Como tentando testar você, provar que você ainda tem muita merda pra cagar e que todas aquelas cólicas foram só o começo. Não se preocupe. Sentir friozinho na barriga, as mãos trêmulas e aquela sensação de congelamento sem “saber o que fazer” são sintomas, absolutamente, normais pra quem tá fudido ainda! Quer um sábio conselho? CORRA!!! Diga que está apressado e fuja! Dobre a primeira esquina e se tranque num banheiro. Fique lá até sua respiração voltar ao ritmo normal e sua boca fechar. Lave o rosto e VÁ TOMAR UMA... xícara de chocolate quente pra recuperar as energias. Nada melhor que uma dose de serotonina pra animar! Ah! O mais importante: não comente com seu amigo porque, com certeza, ele te forçará a falar no assunto e, em hipótese alguma, se embriague. Além da puta dor de cabeça do dia seguinte, você será despertado por telefonemas reclamando de suas ligações durante a madrugada.
Caso você sinta um desprezo e um pensamento tipo: “Um dia eu quis isto? Como pude me apaixonar? Nossa, que mal gosto!” (Tá bom, também não precisa cuspir no prato que comeu!). Converse com a figura, a amizade pode até se estreitar e VÁ TOMAR UMA...duas, três, TODAS as garrafas de cerveja que você puder. Vá encher a cara para comemorar! Só tenha cuidado pra não achar um psicopata no meio do caminho tão bêbado quanto você. Lembre-se que sempre existe a lucidez do dia seguinte! Por isso, procure um amigo pra fazer companhia.
Naturalmente, como parte final do processo, as mudanças emocionais (ou, juridicamente falando, a maturidade) acarretam mudanças físicas. Que tal botar aquele silicone pra ficar mais gostosa, hum? (Meu sonho desde que eu era um embrião! Estudantes lisos que somos, o máximo que conseguiríamos seria uma depilação completa). Então, que tal cortar ou pintar o cabelo? Sempre funciona. Ou, quem sabe, desenhar um cavanhaque, fazer a barba ou deixar o cabelo crescer. Muitas mulheres têm fetiche por cabeludos (Por isso que eu faço sucesso!). Vá lá! Corte, pinte, borde, cole e desenhe! O importante é saudar o novo você e deixar as coisas velhas de lado! (Não tão de lado porque é sempre importante ter um estepe! Só não vale furar o pneu! Hehehe!).

OBS: Qualquer semelhança com fatos reais é mera coincidência, portanto não tenho culpa se a carapuça te serviu. Vai te tratar!!!

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