terça-feira, 25 de setembro de 2007

Vinicius tinha razão


Aaaahhh! Namorar é bauuum demais, né? (Só nos primeiros meses, porque, quando a paixão acaba...hum! é GAAAAIA fera!) O bom, na verdade, é a fase da paquera. Tudo é adrenalina. O coração bate mais forte com uma mensagem recebida. As mãos tremem com os telefonemas – “O que vou dizer!”. Inúmeros são os ensaios em frente ao espelho após o banho – Qual o melhor olhar? Qual o melhor sorriso? Será que devo dizer: “Oi tudo bem? Como vai?” ou “E aí gatinho, qual a da night?!”. E a boca? Biquinho de virgem puritana ou de Britney Spears quando resolveu dá uma de puta?!
O pior é que, depois de três horas provando roupas e ensaiando no espelho caras e bocas, na hora, sai tudo errado. As palavras não saem, você gagueja, ri descontroladamente, as mãos tremem mais que mal de Parkinson. E o biquinho de “eu sou gostosa, mas não sou puta” acaba em compulsivas mordidinhas nos lábios de tanta ansiedade. Mas até chegar a parte dos encontros, muita merda pode acontecer no primeiro contato.
Seja numa boate, num bar, numa festa de amigos, num encontro casual ou na fila do banco, este primeiro momento é decisivo. A forma como se aborda a figura em questão (juridicamente falando), as conversas e, principalmente, as cantadas revelam absolutamente NADA do que a pessoa é. Por outro lado, é o que torna, pelo menos, agarrável (É feito comida japonesa: é cru, quase sem gosto, mas ninguém deixa de comer, já que faz bem à saúde). Pois é, mas me desculpem os feios, “beleza é fundamental”. Essa conversa de “O que importa é o interior” é consolo pra gente feia. Interior, só se for o das roupas.
Minha vaaaasta experiência de 20 e poucos anos também diz que não adianta ser só bonito. Nada mais brochante que um Brad Pitty que só fala coisas como “Oi princesa” e “Você é muito linda, sabia?” (Lógico! Ô tu acha que vou me achar feia depois de ter colocado um quilo de maquiagem na cara?! Mané!!!). O cara pode até ser bonitinho, que é primo de feinho, se tiver um bom papo, você consegue achar o que falta lá no fundo do útero (e bote fundo nisso!). E foi daí, em minhas andanças e momentos sublimes de filosofia, que modifiquei a frase do nosso mestre e canalha-mor, Vinicius de Moraes: Me desculpem os burros, mas inteligência é afrodisíaco.
Se tratando de nomes lindos e exóticos, como o meu (claro!), é impressionante como a criatividade da galera aflora. Pense! É Rubi, Diamante, Quartzo, Ostra, Esmeralda (Ah! Sou personagem de novela mexicana agora! Não é?). Há ainda as frasesinhas quase unânimes (e como toda unanimidade é burra...): “O nome é lindo, como a dona”, “sua mãe deve ser uma ostra.” (DãH!). Pensando eu que já tinha ouvido todas as cantadas fracassadas do mundo, aparece uma nova, merecedora de um legítimo Guaraná (olha o merchandising!).
No fim de semana passado, a família toda se reuniu numa boate para comemorar o aniversário da minha mãe e da minha tia. Estavam reunidas as primas, amigos e até Vovó (que não ficou chocada com a coqueteleira humana e a performance esfrega-esfrega dos dançarinos no balcão do bar. Acho até que ela gostou do mascarado! Dáli Vovó!).
Enfim, eis que, entre tantos psicopatas sexuais da noite, um ser do sexo masculino, machão-ao-ão, me aborda dizendo que o amigo gostaria de me conhecer (E tu? É capacho dele? Por que ele não vem falar comigo ao invés de tu, porra?! Ele é um homem ou um verme? Sabe coçar o saco não? Será possível que até isso Eu vou ter que ensinar presse povo agora.– por pouco, foi isso que saiu. Preferi manter a pose de menininha fresca e calar a boca. Queria aventura!). “Tá”, foi o máximo de delicada que pude ser, com um sorriso de Monalisa estampado no rosto. Educada que sou, o cumprimentei e, depois desse favorzão, ainda tive que ouvir: “Já, já vou ali te chamar pra dançar”, em tom de voz de quem atende o telefone assim que acorda – alôÔÔUUU! “Tá fudido!”, pensei. “Vou honrar minhas calças e matar ele na unha!”. Estava só esperando qualquer deslize. Nada ia ser perdoado!
Não demorou muito, surgiu a pérola da noite (que, com certeza, não era Eu). Estávamos dançando, não fazia cinco minutos, quando ele abriu a boca e disse: “Você tem um cheiro bom!”. BUM! Ele tinha acabado de me armar. (Pra mim você é cachorro pra tá se guiando pelo cheiro? Só falta agora cheirar meu furico! E nem tente, se não você conhecerá o poder da Papola. Pior foi ter que imaginar a cena. Herg! Quero não! Não mesmo!)
Para não constranger e com piedade daquele ser submisso, a minha reação papolesca foi de só ri por quase meia hora. Curioso, ele me perguntou o motivo das insistentes risadinhas (Mesmo merecendo um guaraná, pela originalidade, você não me convenceu de que é gostosinho! Cai fora!) “Nada, só que foi muito original!”, respondi com voz fina. E não é que o filho da puta se convenceu. Aff! Tem gente que se acha viu! Arrumei um jeito de me livrar dele. A velha desculpa de que tá cansada, embora seja o mesmo que dizer “Sem chance cara. Pega o beco!”, sempre ajuda a descolar.
No fim da noite, parecendo com Nicole Kidman, em “Moulin Rouge”, cheia de plumas e rique-fifes, fui abordada pelo sem noção Cheira-furico e dei meu telefone. Revoltada (mas sem perder a pose peroleth), porque era uma hora da manhã e a vearia queria voltar pra casa, fui linda e loiramente para casa, refletindo a frase viniciana, que deu origem a minha criação: Beleza é fundamental, mas inteligência é afrodisíaco!
No outro dia acordei no sofá, feito marido brigado com mulher (tava parecendo um deus grego de asinhas no pé!) e fui fazer o balanço da noite anterior. Muita birita. Muito vuco-vuco. E...o número do telefone. Por que diabos Eu dei, até hoje não sei. Acho que é por Eu ser uma pessoa caridosa e gentil. Nada melhor que a birita pra revelar quem somos e Eu me mostrei uma verdadeira Lady, preocupada com os aflitos. Nossa como estou orgulhosa de mim.
Vinicius, porém, não saiu de cena. Patinho, um amigo e psicopata sexual (só ando com pervertido!), concordou com minha frase e ainda completou. E, assim, ficou a frase mais verdadeira do mundo: A beleza é fundamental e a inteligência é afrodisíaco, mas "a feiura é lasca!" Eh! Patinho, nisso, Eu confesso que você tem razão.

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