terça-feira, 4 de setembro de 2007

A Lei de Murphe!

Publicado dia 23/08

Quero avisar a todos que o texto do Perolex (enviado por e-mail) de ontem veio, como disse um amigo, em hieróglifos (como aconteceu, hoje, também, nas duas vezes que enviei), graças à capacidade do mundo digital de facilitar a vida de qualquer cidadão, exatamente na hora que a gente mais precisa.
Com certeza, vocês já passaram por isso. É uma monografia, um comunicado importante, a resposta a um estágio... Quando não é o computador que trava, justamente na hora de salvar ou enviar um arquivo, é a própria internet que dá pití! Este é o tipo de coisa que acontece sempre! É como diz a lei de Murphe: “Quando uma coisa tem que dá errado, ela dárá”. (Até pra isso existe lei!)
E assim foi o dia de ontem. Faz três meses que fiz exame de vista e preciso dos meus óculos. Com a desculpa de ter muita coisa pra fazer de tudo que é natureza, nunca tinha tempo de ir numa das 350 bilhões de óticas espalhadas pela cidade do Recife e para achar uma armação que possa me deixar com a cara de menina ISS (Inteligente, Séria e Sensual). Havia mais de três meses que tinha ido ao oculista, precisava refazer o exame de vista. Como o brasileiro adooooora burocracia e tem como hobby enfrentar fila, fui a clínica pegar minha guia e aproveitar o ensejo e autorizar outros exames que me foram passados, há dois meses atrás, e que também não fiz.
Para minha surpresa não havia a fila, em compensação, também não haveria a autorização. A falta de fila foi compensada pela falta da carteirinha do plano de saúde e da minha identidade na minha carteira. MERDA! Estava muito fácil, logo vi! Agora, serão mais três meses até que eu crie coragem de ir à clínica de novo! E o pior, é chegar na cantina da faculdade, morta de fome, e ler num papel rabiscado grudado na parede: “Exame de vista: falta de sexo causa cegueira!”
DESAFORADO! Você, puto, depois de um dia que nada deu certo. Disposto a pagar R$ 2,50 por uma coxinha, pra ver se a fome você consegue resolver e ainda vem um mané dizer que você precisa de sexo pra resolver seus problemas! E, pra piorar, você se pega olhando pro céu, pensando: “Meu Deus isso é, por acaso, algum sinal?!”. Pelo menos, já sei como não aumentar meu grau de astigmatismo nos próximos três meses. Ô Glória! É o tipo de tratamento e cura que qualquer cidadão pediu a Deus. Obrigada, Senhor! Aleluia! Aleluia!
Diferente do Casseta & Planeta, meus problemas ainda “não se acabaram-se”. Depois de um dia cansativo e frustrante, chego, finalmente, no meu casulo, que chamo de casa, e encontro meu quarto-doce-quarto. Primeira coisa que faço é tirar a sandálias “pés de calo” e correr desesperada pra tomar um banho. Depois de tirar a roupa e sonhar com meu travesseirinho com cheirinho de Eu, abro o chuveiro e...? E...? E...? Não cai UMA gota d’agua! É só aí, que minha mãe diz que faltou água desde o começo da noite! Não tive dúvidas. Recorri às torneiras e ao velho banho de cuia. Como sou uma pessoa chique e nunca perco a pose, fui, lindamente, enrolada numa toalha com coqueirinhos desenhados e com uma touca na cabeça (para não molhar a pisa que dei nas madeichas essa semana), apanhar água da torneira, já que é uma fonte que demora a secar.
QUATRO! É o número de torneiras que existem em casa e o número de vezes que tive que colher o valioso líguido. Com o balde numa mão e a cuia na outra, coletei água na primeira, que secou rapidinho, e depois na segunda e sucessivamente. Esquentei a água e fui, linda e loiramente, tomar um banho de cuia. Ahhhhh!!! Delícia de banho! Nem jantei! Assiti aos programas a lá Discovery Channel da autêntica SBT e, como não agüentava mais ver os tipos de peixes existentes na face da terra (palhaço, cirurgião, sargaço... - é nessas horas que tenho orgulho do meu nome!), fui escovar os dentes pra dormir. TCHANRAN! (E não é o Hiper Card!) Saiu água da torneira do banheiro que, há minutos atrás, Eu havia secado! PUTA QUE PARIU!
Depois dessa, a melhor coisa que tinha a fazer era dormir. Não é possível que, até em sonhos, as teorias de Murphe poderiam me perseguir. Antes que desse tempo, fui logo me cobrir. E, hoje, descubro que o e-mail de ontem, que passei uma hora escrevendo, chegou em hieróglifos para vocês. É uma falta de foda viu! Acho que o mané da cantina tava certo. Então...dá linceça, Galera, que Eu vou ali, tentar resolver este probleminha (E não há lei nenhuma que me impedirá – isso Eu agarantcho!).

Um comentário: