sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Metamorfose - Parte III: Viva la Vida Loca!


Com os anos da faculdade percebi que as personagens, representadas por atores e atrizes lindas, das novelas e filmes sempre se atracam com outras mais lindas e perfeitinhas ainda. No final, ou elas trocam os parceiros (as) por outros mais lindos, ou acabam loucas num divã. Já as personagens destrambelhadas, desastradas e cômicas sempre acabam com um final original. Posso está tendo um posicionamento muito simplista, mas se você olhar direitinho, até que é muito coerente.

Vivemos uma época em que podemos beijar quem quisermos sem, necessariamente, precisarmos assumir algum tipo de relacionamento sério com elas, o que não implica que beijamos o vazio e muito menos que não exista um relacionamento. É isso aí. RE-LA-CIO-NA-MEN-TO! Palavra assustadora, né? Entendendo relacionamento como a interação entre duas pessoas, resultando em sexo ou não, como as relações entre amigos. Se pensarmos assim, fica fácil entender e lidar com os telefonemas ou os verdadeiros chicletes que possam surgir nos dias seguintes. Além de que, também pode facilitar o sexo casual, que é quase uma epidemia quando se está na universidade.

É muito fácil concordar com Raul seixas “ninguém é feliz tendo amado uma vez”, mas quando se está apaixonado é ainda muito mais fácil discordar. O estado da paixão, à medida que você envelhece, se torna muito mais forte e perigoso. Por outro lado, é a mola propulsora que faz você viver os momentos mais felizes ou, pelo menos, mais inesquecíveis da sua vida. Quem nunca cometeu loucuras por paixão é que é o verdadeiro maluco.

Levar um pé-na-bunda também pode deixar o cara perturbado. Mas, se entendemos que as pessoas são únicas, mas não insubstituíveis, fica mais fácil esquecer e nos adaptar a uma nova realidade. Às vezes, quando estamos apaixonados, não imaginamos alguém melhor que a figura desejada. Com o tempo, vemos que tais figuras não duraram porque cada fase de nossa vida requer novas pessoas. Certo, mas e os casados, como se explica?

É preciso refazer-se a cada fase da relação. As pessoas que somos hoje, com certeza, não seremos mais daqui a um ano, quem dirá num prazo de 10 anos e mais. Essa metamorfose, é que mantém o casamento ou os relacionamentos mais longos. Pois temos duas escolhas: ou evoluímos ou regredimos (o que significa anular-se, negar a si e desrespeitar-se, ou seja: é muito negativo). Então, ou você acompanha a evolução da parceira (o) e evolui junto; ou você torna-se uma pessoa inerte, podendo regredir, só para se manter no nível do parceiro (a); ou, então, acaba o relacionamento, o que não é o fim do mundo, muda de hábitos e vive uma nova vida.

Quando temos autonomia de nossas vidas numa relação e não a fazemos em função do outro, fica fácil arriscar. Agora porque estou falando tudo isso? O ser humano é uma merda e a fidelidade feminina ainda mais. E se essa fidelidade partir de amigas, ela é ainda maior. Estou eu, em pleno sábado à noite, quando a Poeteira me liga implorando pela presença da Diretoria Executiva na reunião do The Women Liberation Front, no Recife Antigo. Argumento para a companheira as minhas inviabilidades acadêmicas. Altas horas da noite, ainda estudando, recebo uma ligação de Mary-Li – “Tu não sabe quem eu vi?” XIII!!! Odeio quando ela fala assim. Já sei que lá vem merda. A priori, imaginei que se tratasse de minha Batatinha Ruffles de Cebola e Salsa que tivesse passado pelo grupo. Mas aí, a ligação não teria o menor sentido, apesar de adorar Ruffles de Cebola e Salsa. Foi então que ela disse. – “O Míope tá aqui e com a magrela horrorosa!”.

Míope é uma das figuras mais marcantes da minha vida. Não apenas pelos longos momentos de putaria que passamos juntos, mas por se tratar da pessoa quaaaaaaase (hoje vejo que é muito quase) ideal pro meu juízo. Vivemos muitos momento legais, pelo menos pra mim, e temos uma amizade muito gostosa. Apesar do mau humor dele, que surge de vez em quando. Confesso que, às vezes, morro de vontade de pular no pescoço dele e dá um xero no cangote, mas o sentimento que tinha já não existe mais. Com o tempo, as coisas mudam, as pessoas mudam e, por mais que o tesão exista, ele não é suficiente. As coisas atingem outro patamar.

Sabe aquele tipo de pessoa que basta você conviver uma semana pra sentir uma puta saudade quando está longe? Ele é uma dessas. O foda (ou melhor, a falta dela, que é um problema não tão simples de resolver) é que todas as pessoas que eu sinto isso, estão a quilômetros de distância de (Tá! Tá, Mari. DO, NO e Para O) Recife, espalhados pelo Brasil e pelo mundo. Enfim, o fato dele está perto só me faz querer matar ainda mais a falta que ele me fará quando Eu partir. Ele me faz não sentir tão Clarice Lispector no mundo e torna tudo muito espontâneo, até mesmo o mau humor. Na verdade, sempre achei que nunca daríamos certo como casal de namorados. Confesso também, que fico ainda muito comedida em ser Eu mesma quando estou com ele. É muito difícil ser você merma em todos os lugares e para todas as pessoas. Não sei nem porquê deu tá escrevendo sobre isso. Acho que, de alguma forma, saber que ele está com a magrela (que Eu não sei quem é e não faço a mínima questão de conhecer, digo logo!) me incomodou. Não sei se é ciúme do amigo ou da pitoca. Só sei que, tudo isso não faz o mínimo sentido. Vê que merda! Comecei falando de amor, passei por toda minha vida de adolescente frustrada e terminei numa história que não tem nada a ver. Então, já que subimos num pé de bananeira pra pegar goiaba ao longo dessas postagens, não esqueçam “amor, vai sempre ser amor. Em qualquer lugar!”.

Eis a frase da semana: “Eu quero ovo de codorna pra comer, o meu problema ele tem que resolver!”. AH, e Eu não sou gay, sou maxu!

Todo o problema do mundo está na foda! Seja ela qual for. (Papola Alucinógena)

Nenhum comentário:

Postar um comentário